Em ação conjunta, CRMV-SC, Polícia Civil, Dibea e Vigilância Sanitária apuram denúncias na Capital
29 de julho de 2024
Na última sexta-feira (26), foi realizada uma ação conjunta para apurar denúncias de maus-tratos em dois estabelecimentos, na Capital. A operação foi coordenada pela Polícia Civil do Estado de Santa Catarina, por meio da Delegacia de Proteção Animal (DPA) com apoio do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV-SC), Vigilância Sanitária e Diretoria de Bem-Estar Animal (Dibea).
A primeira foi realizada no bairro Cachoeira do Bom Jesus, Norte da Ilha, em um banho e tosa. A denúncia foi de que uma cachorra teria sofrido uma agressão e teve sua mandíbula quebrada. A fiscalização do CRMV-SC verificou que o local não possui registro, tampouco um Responsável Técnico, além de averiguar outras irregularidades como local inadequado para os animais, que estavam aglomerados em um pequeno espaço. A Vigilância Sanitária notificou o estabelecimento que também não tinha documentação em dia.
“O CRMV-SC atua na constante elaboração de estratégias visando a conscientização dos profissionais e da sociedade sobre a importância do RT, são profissionais fundamentais para a segurança da população e dos animais”, afirma a assessora de fiscalização do CRMV-SC, M.V. Clarisse Bonamigo.
No segundo caso, localizado no Campeche, a denúncia foi de que um cão, ao ser levado para o banho e tosa, teria adquirido uma infecção no olho, que o levou à cegueira. Ao chegar no local, foi constatado que também se tratava de um espaço domiciliar da médica-veterinária, com indícios de atendimento cirúrgico, apresentando uma série de irregularidades.
O estabelecimento foi autuado pelas irregularidades e os fatos relacionados à conduta da profissional serão apurados pelo CRMV-SC.
Parceria com a Divisão de Proteção Animal da Polícia Civil de Santa Catarina
A delegada de polícia da Divisão de Proteção Animal, Mardjoli Adorian Valcareggi, informou que no último ano foram mais de três mil denúncias relacionadas a maus tratos, a maioria envolvendo cães. “Em muitas situações, as pessoas não têm ciência do seu comportamento inadequado. Nós contamos com o apoio dos órgãos municipais de fiscalização para fazer uma diligência inicial dentro das suas atribuições e verificar aquele local, muitas vezes é possível fazer uma adequação do comportamento”, explica.
Porém, ela ressaltou a importância nesta parceria que está iniciando com o CRMV-SC para apurar denúncias que envolvem estabelecimentos e profissionais. “É fundamental para nos dar mais subsídios nas questões documentais, técnicas e sedimentar a nossa investigação criminal”, complementa a delegada.
O CRMV não possui atribuições específicas de produção pericial, um ramo crescente na medicina veterinária, no entanto poderá contribuir com orientações e esclarecimentos técnicos.