Lobo-guará adotado como cachorro se torna pai no Bioparque Zoo Pomerode
26 de setembro de 2024
Um fato inusitado e com final muito feliz foi registrado no Bioparque Zoo Pomerode, quando o lobo-guará que ficou famoso após viver com uma família de Minas Gerais, que o adotou como um cão, se tornou pai. Atualmente a espécie vive em situação vulnerável para extinção.
Quem conta esta história é o médico-veterinário do zoológico Rafael Sales Pagani e membro da Comissão de Animais Silvestres do CRMV-SC. Ele explica que o nascimento dos filhotes pegou todos de surpresa, porque além do pai ser jovem, a fêmea não é sociável e foi resgatada e uma situação adversa, ou seja, uma reprodução natural nada previsível. ASSISTA O VÍDEO.
A gestação da lobo-guará durou 65 dias, foi saudável e contou com todo o acolhimento necessário para garantia de seu bem-estar. Os cinco filhotes que estão com quatro meses de vida, vieram ao mundo de parto natural e recebem todos os cuidados necessários dos médicos-veterinários, zootecnistas e biólogos do parque.
Os irmãozinhos são estimulados a manter os seus comportamentos naturais para que, em caso de introdução, possam buscar alimento, caçar, reconhecer ameaças, entre outras formas de sobrevivência. Atualmente, mãe e filhotes vivem no ambiente dos logos-guarás do e já podem ser vistos pelo público.
Mãe e pai foram resgatados de situações adversas
A história de ambos está ligada ao resgate animal. A mãe foi resgatada em situação de risco por órgão ambiental de São Paulo e encaminhada ao zoológico Municipal de São Carlos. Sendo acolhida pelo bioparque de Pomerode em 2019 por orientação do Plano de Conservação de Canídeos da AZAB-ICMBio. Por não ter condições de reintrodução na natureza, desde então ela vive em um ambiente similar ao seu habitat.
Em 2023, ela passou a ter a companhia do macho, que ficou famoso por ser adotado como um cachorrinho. Ele foi morar no local por também ter sido resgatado ainda jovem, não aprendendo a buscar alimentos e se proteger fora de uma casa. Por se tratar de um animal silvestre, por lei e por questão natural, em respeito à sua tendência, ele precisou ser tratado de acordo com a espécie e não pode ser domesticado.
Com informações da Oficina da Palavra