Nesta segunda-feira, uma reunião estratégica foi realizada na sede da Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis para discutir medidas de enfrentamento aos casos de esporotricose, doença que afeta tanto animais quanto seres humanos e tem se mostrado um desafio crescente, especialmente na Capital e nas regiões Norte e do Vale de Itajaí.
O encontro reuniu o presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Santa Catarina (CRMV-SC), Moacir Tonet, o secretário municipal de saúde Almir Adir Gentil, e o promotor Luciano Trierweiller Naschenweng, da 26ª Promotoria de Justiça da Comarca da Capital, além de representantes da Diretoria de Bem-estar Animal (Dibea), do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e da assessoria técnica do CRMV-SC.
Atualmente, um dos maiores desafios enfrentados pelo poder público é o encaminhamento dos animais errantes com suspeita ou diagnóstico confirmado da doença. Para os casos confirmados em animais com responsáveis, a Prefeitura de Florianópolis tem fornecido gratuitamente a medicação, além de ter estabelecido o Hospital Nereu Ramos como referência para o tratamento da esporotricose em humanos.
Somente em 2025, já foram registrados 26 casos em pessoas. Já, os números relacionados aos animais também preocupam: 81 casos confirmados nos últimos três meses. O secretário destacou ainda que a construção do futuro Hospital Veterinário Municipal, com uma ala específica para o atendimento de casos de esporotricose, poderá também ser uma opção. Já o promotor Luciano se comprometeu a apresentar ao município propostas baseadas em experiências bem sucedidas de outras regiões do Brasil. “Nós continuaremos acompanhando de perto a situação e contribuindo ativamente com medidas que assegurem o cuidado com a saúde pública e o bem-estar animal”, disse Tonet.