Esporotricose - CRMV-SC promove evento em Itajaí para orientar médicos-veterinários sobre a zoonose que está preocupando a região
23 de setembro de 2024
A esporotricose está preocupando o estado de Santa Catarina, com um aumento significativo de casos, especialmente na região de Itajaí. Neste sentido, o CRMV-SC irá promover o Seminário “Falando sobre Esporotricose” no dia 17 de outubro, às 19h30, em Itajaí, no auditório da Unisul. As inscrições estão abertas AQUI.
A esporotricose é uma micose subcutânea causada por fungos do gênero Sporothrix. Esta doença pode afetar tanto humanos, como animais, e os felinos são os principais transmissores, principalmente por meio de mordedura, arranhadura, contato direto com o exsudato de lesões contaminadas e aerossóis.
No evento, serão proferidas as palestras: "Fluxo de casos de esporotricose em Itajaí", com a médica-veterinária Andréa Diedrich Porto, Responsável Técnica do Serviço de Vigilância Ambiental de Agravos Relacionados à Zoonoses de Itajaí e “Esporotricose em felinos, uma zoonose em ascensão”, com o médico-veterinário Adriano de Souza Neto, mestre em Ciência Animal com ênfase em dermatologia.
O cenário tornou a notificação OBRIGATÓRIA em Itajaí que deve ser feita à Vigilância Epidemiológica através do e-mail esporo.lvc@itajai.sc.gov.br. Confira aqui mais informações sobre coleta para esporotricose animal.
A notificação de casos suspeitos e/ou confirmados em cada cidade deverá ser feita para a respectiva vigilância epidemiológica municipal.
SINAIS CLÍNICOS
Animais que apresentem um ou mais dos seguintes sinais: lesão cutânea e/ou mucosa persistente (única ou múltipla, nodular ou ulcerada, com exsudato hemorrágico ou purulento), aumento de volume nasal, espirros, dispneia, secreção nasal.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser realizado através da anamnese, exame clínico e exames complementares, sendo o citológico o de menor custo, simplicidade na execução da técnica e rápida resposta. O LACEN (Laboratório Central de Saúde Pública de Santa Catarina) faz citologia e cultura para diagnóstico da esporotricose, sem custo ao tutor. As amostras são enviadas pela Gerência de Controle de Zoonoses de Itajaí.
ORIENTAÇÃO AO TUTORES
Educar os tutores sobre a zoonose é essencial. Informe-os sobre os modos de transmissão, a importância do tratamento e as medidas de prevenção, como evitar o contato com animais suspeitos e promover a higiene adequada.
TRATAMENTO
O tratamento da esporotricose geralmente envolve o uso de antifúngicos, como o itraconazol. É fundamental que os médicos-veterinários realizem o acompanhamento clínico dos pacientes.
PREVENÇÃO
A prevenção é essencial para controlar a propagação da doença. Incentive a castração de gatos, o manejo adequado de populações de animais de rua e a conscientização da comunidade sobre a doença.
MONITORAMENTO E ACOMPANHAMENTO
Acompanhe os casos tratados e esteja atento a novos sintomas que possam indicar recaídas ou novas infecções. O registro de dados sobre a ocorrência de casos ajudará na análise epidemiológica da doença na região. E a análise dos dados constituem uma base para implantação de políticas públicas pertinentes.
ALERTA
O CRMV-SC ressalta a importância do uso de EPIs pelos médicos-veterinários no atendimento clínico fazendo o uso de luvas e máscara. O médico-veterinário deverá esclarecer os proprietários sobre os procedimentos com o seu animal e orientá-lo a buscar atendimento médico caso apresente algum sinal clínico, lembrando que a esporotricose humana também é de notificação no Estado de Santa Catarina.
Para mais informações acesse o Protocolo Estadual de Esporotricose Humana e Animal - 2023 da Diretoria de Vigilância Epidemiológica do estado de Santa Catarina (DIVE/SC)